terça-feira, 25 de janeiro de 2022

"Esgotado"


Num ano complicado - e após outros dois anos ainda mais complicados - é com prazer que constato a enorme paixão pelo Santo Huberto que existe no nosso país. Se duvidas houvessem...
Muitos foram os ataques de que fomos vitimas nos últimos tempos. Desde os partidos animalistas e seus sucedâneos, até à indiferença de certos sectores ligados às organizações da caça. E se dos primeiros não esperava outra coisa, já dos segundos mais alguma coisa seria de esperar.

Este ano não se afigura fácil, desde logo pela inexistência de perdizes. Os produtores, talvez com receio de restrições em virtude da pandemia, produziram menos e, sendo assim, estamos parados naquela época que costuma ser a mais mexida. Na prática, teremos de aguardar pelas novas criações, o que vai fazer com que as eventuais provas venham a ser feitas na pior época do ano, onde o calor e as praganas são os grandes inimigos dos nossos companheiros de quatro patas.

No dia em que faço esta publicação só há duas provas marcadas e para Junho. Ambas as provas são organizadas por particulares, apoiados por clubes de caçadores. As inscrições esgotaram em poucas horas e até há lista de espera em ambas. Isto quer dizer que os santo hubertistas estão presentes e activos. Significa que a modalidade está viva e forte. Agora só precisávamos de dirigentes que conseguissem estar à sua altura e que olhassem para o Santo Huberto como uma mais valia na formação do caçador, com ética e desportivismo, e não como um fardo.


Hoje em dia é fácil ser-se populista e dizer aquilo que todos querem ouvir, ao mesmo tempo que se critica por tudo e por nada. Não é esse o objectivo da minha publicação, pelo contrário. Quero, sim, alertar para a importância que o Santo Huberto tem em Portugal e pela enorme aderência que continua a ter. Vamos lutar a todos os níveis para nunca acabe.