quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Vem aí Macedo de Cavaleiros

 



Vem aí Macedo de Cavaleiros e uma das provas mais icónicas do nosso calendário de Santo Huberto. Esta prova, que se realiza anualmente há muitos anos e que sempre esteve associada à Feira da Caça de Macedo de Cavaleiros, começou por se chamar Prémio Galaico-Português e, nessa altura, já congregava muitos amantes da modalidade de Portugal e da Galiza. 
Futuramente viria a ser denominado de Troféu Ibérico, tendo, no entanto, mantido a sua identidade de ambos os lados da fronteira. 




Resumindo, foi sempre uma prova de convívio e partilha de ideais, e que servia de pontapé de saída para mais uma época. Este ano não será exceção.
Quando me lembro das primeiras edições, vem-me à ideia um dos seus grandes promotores e que infelizmente já não se encontra entre nós. Quem não se lembra, com saudade, do Raúl e da forma como sempre nos recebeu na "sua" casa? Não será este ano que será esquecido, pois ele estará sempre entre nós.

Ao longo últimos anos, o Santo Huberto tem "sofrido" várias alterações. Algumas positivas, outras menos. E nessas - as menos - nós, os concorrentes, temos alguma responsabilidade. Egos, mais ou menos inflamados, feitios, mais ou menos acirrados, levam a bons e a maus ambientes. E, meus caros, não vale a pena apontar o dedo. Todos temos a nossa cota parte de culpa. Nesta matéria, não há inocentes. O bom, ou o mau, ambiente somos nós que o fazemos. Não são os organizadores, nem os juízes, nem os postores. Somos nós!
Há uns dias atrás, a falar com um amigo que começou e se retirou do Santo Huberto, ele dizia-me que se tinha afastado porque havia demasiada rivalidade. Eu disse-lhe que a rivalidade era salutar, o que não era saudável seria o querer ganhar de qualquer maneira. Afinal, o tal desportivismo de que tanto se fala, até no regulamento.

Se me é permitido fazer um voto (agora que estamos a começar o ano), será para que todos adotemos uma postura construtiva. Vamos ser desportistas. Vamos dar valor a quem o tem e quando o tem. Hoje posso ser eu, amanhã qualquer uns de vós. Ninguém é infalível e o ganha tudo ainda não nasceu.
Vamos fazer do companheirismo a nossa bandeira. Vamos glorificar os vencedores e consolar os vencidos, porque amanhã esses papeis facilmente serão invertidos.

Saudações, usufruam do espírito do Santo Huberto e até Macedo de Cavaleiros!

(PS: a escolha da foto não foi inocente. Simbolicamente, a mesma árvore (uma oliveira), abrigou-nos a todos...)